Durante o mês de abril, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve a inflação do país em 1,06%, e uma alta de 1,62% em março segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Desde 1996, ou seja, 26 anos, foi a maior variação para abril. Na época, a variação era de 1,26%. Agora, em 2022, o IPCA já está acumulando uma alta de 4,29%.
O que é a Inflação?
A inflação ocorre quando os preços, de maneira geral, aumentam. Ela é um indicativo do custo de vida do consumidor, das empresas e seu alto valor indica a desvalorização da moeda de um país.
Se você vai ao mercado e percebe que o preço de alguns produtos está mais caro do que era anteriormente significa que esse produto inflacionou, e, normalmente, isso não é um problema quando o salário-mínimo é reajustado de acordo.
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Ela torna-se um problema quando os preços sobem de maneira rápida, e em valores significativos, pois os reajustes do salário-mínimo não conseguem acompanhar (já que necessitam de mais tempo para serem feitos) e acaba diminuindo o poder de compra do consumidor.
Para que serve a Inflação?
A inflação atua como um indicador do poder de compra do consumidor, ou seja, se os preços das coisas sobem, mas o poder de compra do consumidor também sobe.
Quando as classes trabalhadoras passam grandes períodos de tempo sem reajuste no seu salário, enquanto o preço dos produtos segue aumentando, significa que ela está ganhando menos que antes.
Qual o valor da Inflação hoje?
De acordo com o IPCA, divulgado pelo IBGE, a inflação oficial do país ficou em 1,06% no mês de abril de 2022. Em março, houve uma alta de 1,62%.
Desde abril de 1996 não havia uma inflação tão alta (na época, 1,26%), e em 2022 o IPCA já acumula uma alta de 4,29%.
Por que a Inflação é a mais alta a 26 anos?
Existem três motivos essenciais para provocar o aumento da inflação: lei da oferta e da procura em estado de desequilíbrio; lucros privados aumentando e o aumento dos custos de produção.
No primeiro motivo, quando a população possui renda, ou mais crédito para poder comprar produtos, sua procura aumenta e sua oferta não atende ao número elevado de procura, fazendo com que os preços subam de maneira exacerbada.
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No segundo motivo, o monopólio de uma empresa, produto ou setor passa a controlar a variação do preço desses produtos, ou serviços, e normalmente tendem a aumentar os preços exponencialmente, já que seu principal objetivo é lucrar.
No terceiro motivo, quando o custo de produção de determinado produto aumenta (por diversos motivos, um deles pode ser o excesso de dívidas da empresa ou aumento dos impostos) esse custo é repassado ao consumidor, elevando os preços do custo, da venda, e assim a inflação também sobe.
Se tratando do Brasil, a inflação subiu desta maneira significativa durante o período da pandemia do Covid-19, quando empresas fecharam, pessoas foram demitidas em massa, mas a procura por serviços e produtos que pudessem ser feitos e entregues em casa foi muito maior — além de, claro, a necessidade de colocar mais dinheiro em circulação graças ao desemprego em massa.
Como foi a inflação de abril para cada grupo
Desde outubro de 2003, quando a inflação atingiu 13,98%, não se via uma inflação tão alta durante o período de um ano. Agora, em abril de 2022, o acúmulo é de 12,13% durante o período de oito meses, fazendo com que a taxa Selic (Taxa básica de juros) aumente em até 12,75% ao ano.
Em abril, os grupos que mais sofreram com a inflação foram: alimentação e bebidas (2,06%); transportes (1,91%); saúde e cuidados pessoais (1,77%); artigos de residência (1,53%); vestuário (1,26%); despesas pessoais (0,48%); comunicação (0,08%); educação (0,06%) e, por último, mas não menos importante, habitação (-1,14%).
Os grupos de alimentação e transporte, juntos, contribuíram com 80% do índice de abril, e ganharam mais peso de março para abril.
Combustíveis: por que são os vilões na inflação?
Os combustíveis foram os que mais sofreram com a inflação no mês de abril, segundo o IBGE. Sofreram, todos os combustíveis de maneira generalizada, um aumento de 3,2% de março para abril, aumentando o percentual do IPCA do mês em 0,25.
Em um ano, os combustíveis conseguiram acumular uma alta de 33,24%, sendo os principais afetados o diesel (53,5%); o gás veicular (45,18%); o etanol (42,11%) e a própria gasolina (31,22%).
Qual estado teve a maior Inflação?
O IBGE realizou a pesquisa em 17 regiões, e sete delas registraram índices de inflação maiores que o índice nacional, a mais alta na cidade do Rio de Janeiro, com 1,39%. A menor variação ocorreu em Salvador, com apenas 0,67%.
As cidades de São Paulo e Belo Horizonte foram as únicas cidades pesquisadas que obtiveram o índice de acordo com a média nacional.
Como funciona a Inflação para baixa renda?
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) é responsável por calcular o impacto da inflação nas famílias de baixa renda, e é referência para reajustes salariais e reajustes de benefícios do INSS (Imposto Nacional do Seguro Social).
Em março, ele havia subido 1,71%, enquanto em abril subiu 1,04%. O INPC está acumulado em 4,49%, e 12,47% no último ano.
