O orçamento familiar pode ser uma questão delicada no seio de uma família, principalmente quando não há uma organização pensando na saúde financeira de todos.
Desta forma, por ainda ser um tema pouco discutido entre as famílias, o objetivo deste post é explicar como funciona o orçamento familiar e como você pode elaborar o seu, dentro das suas limitações financeiras.
O que é o orçamento familiar?
O orçamento familiar engloba todas as receitas obtidas pelos membros familiares durante o mês, assim como todas as despesas, sejam as fixas, variáveis e até mesmo as pessoais. Através desse orçamento familiar, será possível criar objetivos e realizar o controle financeiro, para os mesmos poderem ser obtidos.
Na última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo IBGE, em 2018, constatou-se que as famílias destinavam apenas 4,1% do orçamento para novos investimentos, o que ressalta que as despesas em uma família são as responsáveis pela maior obtenção das receitas. Isto enfatiza a importância do orçamento familiar para que possíveis desejos das famílias possam ser concretizados no futuro.
Como funciona o orçamento familiar?
No orçamento familiar, todos os moradores da residência precisam contribuir com o mínimo pré-estabelecido, para que, desta forma, as contas básicas sejam quitadas no prazo.
Com a gestão do orçamento familiar, a família poderá definir quais serão as prioridades, que gastos podem ser reduzidos ou até mesmo eliminados. Se o estilo de vida vivenciado está alinhado com as receitas e despesas, manter todos os débitos em dia e ainda desenvolver metas para curto, médio e longo prazo.
Como elaborar um orçamento familiar?
Para a criação de um orçamento familiar, é preciso seguir algumas diretrizes, como:
- Defina como será feita a divisão no orçamento familiar: nesta etapa é necessário deixar claro se as pessoas irão contribuir igual ou proporcionalmente à receita que recebem;
- Anote todas as receitas e despesas: coloque no papel os gastos fixos, os variáveis, os pessoais e qualquer outro tipo de gasto que envolva uma das pessoas da família. Também some a receita gerada por todos. Uma das sugestões é que após anotar tudo, você faça uma média de gastos e ganhos, para ter uma base nos meses seguintes;
- Monte uma planilha: o ideal é que nesta planilha contenha todos os gastos da família e que haja uma alimentação da mesma com frequência. Nomear uma pessoa para ser a responsável pela planilha, pode evitar que vire uma confusão a atualização de dados;
- Estabeleça metas: é imprescindível que as metas de curto, médio e longo prazo sejam estabelecidas em conjunto. Assim, ficará claro, por exemplo, quando alguém poderá contribuir um pouco menos, por conta de um curso que irá iniciar. Vale ressaltar que as metas de curto prazo devem ser realizadas em até dois anos, as de médio prazo entre três e cinco anos e as de longo prazo após cinco anos;
- Se possível, poupe dinheiro: não é sempre que é possível poupar, mas tentar destinar uma parcela do salário, cerca de 10%, pode ajudar na obtenção de metas no futuro. Com esse valor poupado, o mais acertado é que haja um investimento.
Cada família deve elaborar seu orçamento conforme a sua realidade, porém, o sugerido é seguir esses passos para começar do básico.
Quais os tipos de orçamento familiar?
Normalmente, no orçamento familiar existem dois tipos: o que envolve todas as pessoas em todas as etapas, com todos os seus gastos e ganhos; e aqueles que optam por colocar em pauta apenas os gastos fixos do mês, e o restante da receita, cada pessoa usa como desejar.
É claro que ambos os tipos irão trazer bônus e ônus, e caberá à família definir qual aplica-se melhor à sua realidade.
O orçamento familiar visa permitir que uma análise de gastos e ganhos seja realizada, para que todas as contribuições financeiras familiares sejam bem distribuídas e que possíveis investimentos possam ser realizados no futuro. Sempre que considerar fazer uma compra no impulso, considere seu orçamento familiar e como tal compra pode influenciar ao final.