A fintech brasileira Nubank se tornou o banco mais valioso da América Latina. O êxito é admirável, pois a empresa existe desde 2013 somente. Seu modelo de negócios atraiu clientes no Brasil inteiro, ao introduzir formas simplificadas de pagamento digitais, taxas reduzidas e em alguns casos extintas e atendimento diferenciado.
A estréia na Bolsa de Nova York essa semana apenas solidificou o status de banco mais valioso da América Latina. Essa situação de liderança da empresa já era prevista por economistas e analistas da área.
Muitos se perguntam de que maneira o Nubank se tornou o banco mais valioso da América mesmo sem reportar lucros. Isso tem a ver com o valor percebido pelo cliente e a aderência de um número cada vez maior de pessoas ao cartão “roxinho”.
Como o Nubank alcançou em 2021 o título de banco mais valioso da América Latina
Durante o seu primeiro dia de atuação na Bolsa de Nova York, a Nubank alcançou a cotação de R$ 230 bilhões. As ações receberam o preço US$ 9 cada uma.

Porém, o crescimento teve continuidade e na última quinta-feira (09/12) a Nubank recebeu uma expressiva elevação de R$ 50 bilhões em comparação com o valor da empresa antes de estrear na bolsa. A cotação bateu o valor de R$ 278 bilhões.
Além disso, o Nubank já ocupava as primeiras posições no ranking de valor dos bancos, junto com as tradicionais gigantes, Banco do Brasil e Itaú. Antes do Nubank alçar o status de banco mais valioso da América Latina, o Itaú ocupava essa posição com R$ 213 bilhões.
Modelo de crescimento Nubank 2021: valor de mercado, quantidade de clientes e lucro
Embora a empresa ainda não tenha reportado lucros expressivos, é a possibilidade deste, garantida pelo seu modelo de crescimento, a responsável por atrair os investidores. Trata-se de uma previsão calculada.
De acordo com os analistas, esse valor de mercado está diretamente ao modelo de negócios da Nubank, que a diferença dos bancos tradicionais. Em geral, os bancos buscam vender serviços bancários aos seus clientes, ao passo que a Nubank busca criar produtos cuja finalidade específica é atender necessidades reais dos clientes.
Isso faz com que a Nubank ganhe mais atributos de uma bigtech do que de uma fintech, pois é uma empresa que intermédia o relacionamento com os clientes através da tecnologia. Assim, o plano da Nubank não é atingir lucro momentâneo a partir da venda de produtos, mas alcançar fatias de mercado cada vez maiores ao dar motivos para a fidelidade dos clientes.
É quase estranho igualar o banco mais valioso da América Latina com o déficit de lucros, mas uma vez que a atenção se torna para o modelo de negócios e o potencial de mercado a longo prazo, o sucesso da Nubank torna-se visível.