Os investimentos em renda fixa se popularizaram bastante por serem opções mais recomendadas para os investidores que não desejam correr muitos riscos. Com a busca por estabilidade financeira e segurança, essas aplicações se tornaram muito procuradas e estudadas por diversas pessoas.
No entanto, a quantidade de conceitos diferentes costuma intimidar muitos que desejam começar a entender sobre esse assunto. É muito provável que você já tenha se assustado ao ouvir coisas como: viu aquele investimento que rende 119% do CDI? Muitas pessoas até desistem do mundo dos investimentos quando se deparam com uma conversa dessas.
Por isso, entenda, com este conteúdo, o que são os investimentos de renda fixa, as opções oferecidas para assim realizar suas aplicações de maneira mais consciente e lucrativa.
O que é renda fixa?
A renda fixa é o tipo de investimento no qual o investidor coloca seu dinheiro em bancos, empresas ou até mesmo o governo e já sabe quanto ganhará com aquela aplicação. Assim, existem três características principais nos investimentos em renda fixa:
- Alta liquidez;
- Rentabilidade não muito grande (na maioria dos casos);
- Isenção ou não do Imposto de Renda.
A primeira característica dos investimentos em renda fixa é a alta liquidez. Isso significa que o dinheiro pode ser sacado em praticamente qualquer momento. No entanto, caso resolva sacar antes do prazo, o investimento não terá o lucro acertado.

Quanto à rentabilidade não muito grande, acontece porque as taxas não costumam sofrer grandes oscilações. Devido a isso, não existe a variação necessária para que aquelas aplicações rendam muito lucro. Apesar de a rentabilidade não ser muito grande, não é por isso que os lucros serão pequenos.
Por último, o imposto de renda pode ou não estar presente nos investimentos. Essa taxa atua sobre o lucro que sua aplicação render. E em algumas aplicações, o desconto vem automaticamente, enquanto em outras será necessário declarar.
É por causa dessas três características que os investimentos em renda fixa são vantajosos para os iniciantes no mundo financeiro ou para os que não gostam de correr muitos riscos.
Como funcionam os investimentos em renda fixa?
O funcionamento dos investimentos em renda fixa acontecem com a aplicação do investidor na compra de um título. O dinheiro aplicado será utilizado pelo emissor e depois retornará com um valor maior e que será conhecido pelo aplicador.
Com essa descrição, surge a seguinte pergunta: como se calcula a rentabilidade do investimento? Bem, isso depende de como se configuram as taxas da aplicação que você escolheu. Elas se dividem em três:
- Pré-fixados;
- Pós-fixados;
- Híbridos.
Os pré-fixados se caracterizam, por já possuírem uma taxa de juros definida. Desse modo, o investidor pode calcular quanto será o seu lucro antes mesmo de obter a compra.
Os Pós-fixados, por sua vez, são os que a taxa de juros para o lucro acompanham indicadores da economia (indexadores). É o caso do Tesouro Selic, que segue a taxa Selic. Este valor sofre variações de acordo com o andamento da economia e, portanto, modifica os lucros obtidos pelos investidores a depender do período.
Por último, os investimentos Híbridos são a mistura dos dois anteriores. Eles possuem um percentual fixo e acompanham um indexador. É o caso da LC híbrida, que oferece uma taxa fixa mais algum indicador econômico, neste tipo geralmente é o IPCA. É através desses conceitos básicos que todos os títulos de renda fixa nascem.
Opções para investir na renda fixa
Após entender os conceitos básicos da renda fixa, conheça as opções mais populares existentes, as quais são:
- Poupança;
- Tesouro Direto;
- CDB;
- LC;
- LCI e LCA;
- Debêntures.
Saiba que para obter Investimentos em renda fixa o mais recomendado é ter uma conta em uma corretora de valores. Apesar dos bancos também oferecerem essas opções, nas corretoras as taxas costumam ser mais baixas e contêm muito mais variedade de aplicações disponíveis do que os bancos.
Uma recomendação para você quando estiver na dúvida entre um título ou outro é realizar comparações. É bastante comum alguns investimentos apresentarem taxas bem atrativas com descontos altos, enquanto outros não são tão atrativos, mas são isentos de impostos. Somente a sua análise cuidadosa pode revelar qual aplicação é mais lucrativa.
Poupança
A poupança é o exemplo mais clássico de Investimentos em renda fixa, devido sua simplicidade: um dinheiro é depositado e ele rende conforme a variação do indicador.
A medida é realizada em porcentagem e a poupança, apesar de muito popular no passado, não é recomendada devido à chance de render abaixo da inflação, fazendo seu dinheiro se desvalorizar com o tempo. Atualmente, ela apresenta um rendimento de 6,17% ao ano.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é uma opção disponibilizada pelo governo no qual os aplicadores obtêm títulos de Dívida Pública. O dinheiro será utilizado para investir em educação, saúde e outros pontos necessários e depois retornará com maior valor devido às taxas de juros.
Os títulos do Tesouro Direto podem ter as três características de rentabilidade já explicadas, logo podem ser pré-fixados, pós-fixados ou híbridos. Assim, em relação aos tipos de títulos disponíveis nessa aplicação, existem:
- Tesouro prefixado com juros semestrais;
- Tesouro prefixado;
- Tesouro com base na taxa Selic;
- Tesouro com base no IPCA.
O mais popular e comentado nos últimos tempos é o Tesouro com base na Selic (ou Tesouro Selic). Esse é um dos favoritos tanto dos investidores experientes como dos novatos. E no momento do desenvolvimento deste artigo, apresentava uma alta taxa de 13,75% ao ano, definida em 22 de março de 2023.
A popularidade do Tesouro Direto nasceu com o abandono das pessoas pela poupança justamente por possuir uma taxa de rentabilidade maior e contar com a boa segurança.
CDB
O Certificado de Depósito Bancário é o tipo de aplicação na qual o investidor “empresta” dinheiro ao banco para que ele possa arcar com suas operações. Após um tempo, essa quantia aplicada retornará ao investidor com a taxa de juros que gera o lucro. Com isso,
existem dois tipos de CDB:
- CDB pré-fixado;
- CDB pós-fixado.
O primeiro da lista já mostra quanto que o investidor irá lucrar ao final do prazo porque já possui uma taxa definida. O segundo, por sua vez, segue, na maioria dos casos, um percentual de um índice chamado de CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
LC
As Letras de Câmbio apresentam taxas bem atrativas e são semelhantes ao CDB. As duas diferenças principais é que elas são disponibilizadas por financeiras e apresentam um risco de crédito bem maior.
Porém, as aplicações em LC possuem a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) responsáveis por proteger investimentos de até R$ 250 mil, por instituições ou CPF.
LCI e LCA
A Letra de Crédito Imobiliário é o investimento no qual o aplicador financia o setor imobiliário. Além de possuir isenção do imposto de renda para pessoas físicas e o tempo que a aplicação precisa ficar é de no mínimo 90 dias.
A Letra de Crédito do Agronegócio é muito parecida com a aplicação anterior, com a diferença de que o investidor aplica no agronegócio. A isenção de imposto de renda para pessoas físicas também é uma característica comum de ambos.
É preciso de bastante cuidado no último detalhe desse investimento, já que ele fará a diferença. Muitas vezes, aplicações em LCI costumam render abaixo de 100% do CDI, mas com a isenção do imposto de renda é possível obter mais lucros quando comparados a alguns tipos de CDBs. Tome bastante cuidado ao avaliar as taxas de qualquer investimento e, sempre que possível, compare as rentabilidades para aplicar da melhor maneira.
Debêntures
Por fim, as debêntures são aplicações de dívida disponibilizadas por empresas privadas. O mais conhecido desse tipo de investimento são as debêntures incentivadas, que o dinheiro será aplicado para o desenvolvimento da infraestrutura do país e depois retornará com os devidos lucros junto da isenção do imposto de renda. Porém, há outros tipos de debêntures, como:
- Debêntures comuns;
- Debêntures simples;
- Debêntures conversíveis;
- Debêntures permutáveis;
- Debêntures participativas;
- Debêntures perpétuas.
Para escolher corretamente alguma das debêntures acima, avalie o seu perfil de investidor e pesquise a empresa que disponibiliza a aplicação. A depender da escolha, o lucro será mais chamativo e você poderá aplicar de uma maneira mais inteligente e garantir o retorno promissor da aplicação.
Vantagens nos investimentos em renda fixa
A partir de todo conteúdo exposto, nota-se que as vantagens dos investimentos de renda fixa são:
- Lucros previsíveis;
- Segurança de sacar uma quantia sempre maior do que antes;
- Aprendizados sobre o mundo financeiro.
A primeira e a segunda vantagem de se investir em renda fixa tratam da solidez da renda fixa. Como essas aplicações permitem que o investidor saiba o quanto ele irá lucrar no final da aplicação, ele poderá planejar objetivos e considerar sempre a possibilidade de lucro e que seu dinheiro estará valorizado.

A taxa alta de liquidez dos investimentos também é responsável pela segurança, por permitir o saque caso o aplicador precise do dinheiro para uma emergência.
A terceira vantagem dos Investimentos em renda fixa é proporcionar diversos aprendizados para o investidor iniciante sem correr perigos de grandes perdas. Devido a isso, é possível utilizar desse tipo de investimento para familiarizar os novos investidores com os cálculos necessários, divisão do dinheiro para investimentos e outros conceitos essenciais para o dia a dia no mercado financeiro.
Imagine o quão difícil seria para um investidor novato começar a aplicar em Day Trade, por exemplo. As chances dele perder todo o seu dinheiro, por não possuir experiência em investimentos, é muito alta.
Por que investir em renda fixa?
Investir em renda fixa é garantir lucros seguros no futuro e aprendizados sobre o mundo financeiro. Durante as buscas por bons títulos, o investidor precisa considerar os seus objetivos e projetos para a escolha mais correta. Ao deixar a aplicação pelo tempo necessário, é possível colher ótimos resultados e crescer o patrimônio.
A renda fixa também é ótima para a montagem de sua reserva de emergência. Isso é necessário para o investidor possuir quantias garantidas para os momentos de crises financeiras. Com uma boa base já montada, o aplicador pode apostar em investimentos de renda variável sem temer desastres caso as aplicações não rendam lucros.
Por último, como bônus, é interessante deixar claro que não existem investimentos livres de riscos. Mesmo os de renda fixa, conhecidos por sua segurança, possuem os seus riscos. O ato de investir sempre conta com essa possibilidade, independente do tipo de investimento.
No entanto, através de bons estudos para boas escolhas de investimentos e muita constância nas aplicações é possível diminuir quase que completamente os riscos. Logo, a qualidade de sua renda depende da sua evolução diante do cenário.
O artigo mostrou todos os conhecimentos necessários para que você possa aplicar em renda fixa com segurança e sabedoria. O restante dos aprendizados virá com a prática e com os estudos sobre as grandes possibilidades do mercado. Boas aplicações e conte sempre com o nosso site para lhe explicar sobre o mundo financeiro!