Todo brasileiro que deseja uma fonte de renda secundária ou, então, quer entrar no mercado da bolsa de valores, o fundo de investimento é uma excelente forma de começar a investir. Afinal, eles são bem versáteis e podem agradar qualquer perfil de investidor, desde o iniciante até o mais experiente.
Os fundos de investimento podem ser os mais simples possíveis, indicados, especialmente, para o investidor mais novo, que deseja mudar o ambiente e trocar a poupança por aplicações que possam ser mais rentáveis no futuro. Ou, então, eles podem se apresentar de forma mais complexa, para os já acostumados com o cenário da bolsa de valores.
Muitos indivíduos já notaram quais as principais vantagens de procurar os fundos de investimentos para ter um rendimento extra no fim do mês. Em especial, a possibilidade de se ter um maior controle a respeito da administração de sua carteira de fundos e a chance de se realizar investimentos mais rentáveis que os habituais.
De qualquer forma, esses fundos já fazem parte da rotina de inúmeras pessoas, e podem proporcionar um futuro de conforto financeiro e alta rentabilidade. Interessado em entrar nesse cenário de investimentos? Então, confira tudo o que você precisa saber antes de investir!
O que é o fundo de investimento?
Trata-se de uma forma bem simples de entrar no cenário da bolsa, porque através deles é possível realizar investimentos nos mais variados tipos de ativos econômicos. Por exemplo, em ações, títulos de origem pública ou investimentos internacionais.
No geral, esse fundo é uma reunião de recursos dos mais diversos investidores, aplicados de forma conjunta para o mercado de valores. Esses investidores são chamados de cotistas, que adquirem parte dos investimentos que são denominados de cotas, que é proporcional ao total do valor investido.
Todos os lucros do investimento são divididos entre esses cotistas, em relação proporcional ao que foi investido por cada um deles. Entretanto, é claro que os investidores não trabalham sozinhos. Há uma série de pessoas por trás desse processo, que atuam para que tudo funcione da forma correta.
O somatório dos valores investidos é administrado por um gestor ou por uma instituição especializada, com definições já estabelecidas sobre o que fazer com o valor. Tudo é realizado da forma que foi acordado, inicialmente, com o investidor.
Como funciona o fundo de investimento?
De forma bem resumida, um fundo de investimento funciona como uma bolsa que contém inúmeros itens. É possível que se tenha várias formas diferentes de produtos nesse conjunto, em que cada um desses itens pertencem a um cotista. Conforme o valor aplicado por cada um e o seu rendimento, todos recebem um valor devidamente proporcional.
Há toda uma estrutura própria envolvida no funcionamento dos fundos de investimento que, por mais que pareça complexa de entender em seu início, é bem prática e fácil de se compreender à medida que se aprofunda no tema.
O fundo de investimento vale como um conjunto com ativos dos mais variados tipos e nichos, que pode incluir moedas, ações, investimentos de fora do país ou derivativos. A composição da carteira pode apresentar um leque de conjuntos distintos e, claro, há regras que devem ser seguidas para manter um investimento seguro.
A principal delas aborda a respeito do limite de investimento aplicado por cada emissor, onde os fundos apresentam teto máximo de 20% em ativos, que forem emitidos pela mesma instituição.
É claro que cada tipo apresenta seu limite, por exemplo, empresas que apresentam capital aberto ou outros fundos têm 10%, enquanto os demais têm 5%. Cada um desses valores está devidamente regulamentado.
No mais, são infinitas as possibilidades de se realizar combinações de ativos e ações no investimento. Cada fundo é classificado e definido de acordo com os possíveis riscos a que estão sujeitos durante os investimentos. No geral, há outros termos utilizados para compreender melhor como funcionam os fundos, são eles:
Cotas e Custos
Todo fundo de investimento se divide em cotas. Quando é realizada a aquisição de um, o investidor adquire as suas respectivas repartições, ou seja, as cotas do fundo. Em um exemplo prático, caso o investidor queira investir cerca de 50 mil reais em uma carteira onde cada cota custa 10 reais, ele terá, no total, 5 mil cotas desse fundo.
A partir do valor das cotas, a rentabilidade do investimento será calculada e teremos, então, o valor de retorno dele. Entretanto, é possível que cada cota tenha um custo para ser mantido, em especial, as taxas de administração e de performance que são cobradas anualmente.
Essa taxa de administração é, geralmente, cobrada para auxiliar financeiramente as instituições envolvidas no fundo, assim como seus administradores ou gestores. Por conta disso, quando se escolhe um investimento, é necessário ter em mente esses custos extras, que apresentam um papel fundamental no cálculo do retorno desse investimento.
Enquanto isso, há outra taxa, conhecida como taxa de performance. Esse valor é inteiramente apoiado no resultado que o fundo de investimento obtém. A partir do qual é realizado um cálculo bônus que o administrador recebe como forma de “agradecimento” por entregar ao seu cliente, ou seja, o investidor, um maior valor de rentabilidade e de lucro.
Tributações
E é claro que, assim como em toda aplicação financeira, o fundo de investimento também está à mercê de impostos que devem ser pagos pelo investidor. Os dois principais impostos cobrados nas carteiras de fundo são o Imposto de Renda e o Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF.
O Imposto de Renda é cobrado por porcentagem do valor de rentabilidade do fundo. Ou seja, se ele rendeu 20% em um ano, é a partir desse valor que a tributação será aplicada e cobrada. Para ser efetuada a tributação, o fundo é classificado como de longo prazo, curto prazo e fundo de ações.
Enquanto isso, a tributação em IOF refere-se ao rendimento em resgates financeiros, que são realizados 30 dias antes de sua aplicação. O valor de cobrança em porcentagem é calculado conforme o prazo estabelecido.
Tipos de fundo de investimento
Há, ainda, classificações do fundo de investimento em diferentes tipos, conforme as suas estratégias em aplicações e no nicho de carteira que elas se encontram. É necessário reconhecer os diferentes tipos de investimento, pois, facilita na hora de escolher qual fundo será alvo do investimento, diante do seu perfil. Assim, os principais tipos, são:
Fundo cambial ou de ouro
Esse tipo de investimento é relacionado com as moedas de outros países, ou seja, são ativos relacionados ao câmbio. Os exemplos mais famosos são os fundos referentes ao câmbio do dólar, que acompanham o valor da moeda e sua respectiva cotação.
Ela é uma excelente opção ao perfil de investidor que deseja segurança das variações de cotação ou que realiza constantes viagens para fora do país. O grande risco, no entanto, é a variação no valor cambial.
Fundo de ações
O fundo de ações contém “pedaços” de determinadas empresas, mais especificamente, no mínimo 67% dos patrimônios devem ser investidos na atual carteira. Entretanto, o maior risco desse tipo de fundo está na variação dos preços das ações presentes no cenário atual.
Fundo multimercado
Neste fundo, há vários tipos de investimentos misturados, que incluem aplicações em renda fixa, câmbios, ações e outros. Há vários fatores de risco envolvidos nele, que não se fecham em nenhum tipo específico, mas que podem atingir quaisquer partições.
Fundo de renda fixa
No fundo de renda fixa, o investidor “empresta” um determinado valor para uma instituição ou empresa que necessita do montante para realização de suas atividades ou ações. E recebe depois, com acréscimo dos juros calculados sobre o valor e tempo de aplicação.
Isso, já demonstra os principais riscos que envolvem esse investimento, que são as alterações em juros ou na tabela de preços.
Fundo imobiliário
O fundo de investimento dentro do cenário imobiliário reúne diferentes cotas e investidores que desejam, de certa forma, investir no cenário dos imóveis sem precisar adquirir uma casa ou apartamento diretamente. Esse é um tipo de fundo fechado, onde não é permitido resgatar nenhuma cota, e a sua rentabilidade fica isenta do imposto de renda.
Fundo de previdência
Já nesse tipo de carteira, se reúne investimentos relacionados com os planos de previdência. Ainda, há certos benefícios em relação a esse fundo, uma vez que estimula os investidores a economizarem dinheiro, especialmente para a sua posterior aposentadoria.
Fundos mútuos de privatização
Por fim, os Fundos Mútuos de Privatização (FMP) investem diretamente em empresas, que estão em desestatização ou em processo de capitalização. Todos esses aportes são realizados utilizando os recursos fornecidos pelo FGTS.
Vantagens de investir em fundos de investimentos
Assim como em qualquer modalidade de empreendimento financeiro, há vantagens e desvantagens que devem ser consideradas antes de se aventurar nas aplicações financeiras. A principal vantagem de se investir nos fundos de investimentos está na presença do gestor.
Esse profissional, especializado e apto a realizar suas funções, será responsável por administrar e gerir o seu investimento com base em decisões previamente calculadas e analisadas.
Entretanto, isso se torna uma leve desvantagem também, uma vez que o investidor terá que aceitar as escolhas estabelecidas pelo gestor. Ou seja, ele será responsável por tudo e o investidor nem ao menos poderá decidir qual será o ativo adquirido.
Outra vantagem que existe é a Diversificação da carteira, que possui uma importancia muito grande nos investimentos que é a de aumentar as chances dos seus ganhos. E claro, também ajuda a diluir os riscos da carteira.
Além dessa, temos outra vantagem que é uma grande diversidade de ativos na sua carteira de investimentos ou oportunidades únicas que não seriam possíveis em outros cenários. Por fim, há ainda a oportunidade de realizar portabilidades caso esteja insatisfeito com a instituição de origem do investimento.
Como começar a investir o fundo de investimento?
Se você leu até aqui, muito provavelmente já está interessado em adquirir agora mesmo um fundo de investimento. O primeiro passo é reconhecer o seu perfil de investidor e saber quais ativos ou tipos de fundo você deseja. Feito isso, basta:
- Estabelecer um objetivo a ser seguido, de acordo com o seu perfil;
- Procurar uma instituição confiável e que ofereça fundos;
- Estudar todas as opções, que se encaixem nos seus objetivos;
- Analisar o fundo escolhido;
- Estudar, também, o histórico do seu gestor e da instituição para evitar possíveis riscos;
- Verificar a existência e o valor das taxas;
- Entender os possíveis riscos do fundo de investimento;
- Realizar a aplicação e acompanhar os resultados com o seu gestor.
Essas são dicas fundamentais para começar a investir no mercado, independente do nicho escolhido. O fundo de investimento é uma excelente opção de renda extra para quem deseja investir no futuro e garantir um maior conforto econômico.