Educação financeira no dia-a-dia e nas empresas

Educação financeira no dia-a-dia e nas empresas (1)

Nessa recessão econômica, é muito comum que encontremos situações financeiras nada familiares, e é necessário ter consciência e inteligência financeiras para tomar as decisões corretas.

A educação financeira torna funcionários mais eficientes, garante uma vida financeira mais próspera, além de também poder ser passadas para as crianças logo cedo, pensando em tornar sua vida financeira na fase adulta o mais tranquila possível.

O que é ter uma educação financeira?

Segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 2005, educação financeira é “O processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro”.

Educação financeira no dia-a-dia e nas empresas (2)
Fonte/Reprodução: original

Uma boa educação financeira promove uma relação mais saudável e equilibrada com o dinheiro, impactando não somente a vida dos indivíduos e suas famílias como também do país como um todo.

O Brasil, inclusive, é o único país que oferece a ENEF (Estratégia Nacional de Educação Financeira), um programa que promove a educação financeira de maneira gratuita e não possui nenhum interesse comercial ao fazê-lo.

Educação financeira infantil

A educação financeira infantil é ensinada para as crianças aprenderem a lidar com as suas finanças pessoais desde a infância. Aprender a administrar o seu dinheiro desde cedo garante uma relação saudável com o dinheiro e uma vida financeira mais tranquila.

Um dos pilares da educação financeira infantil é ensinar o real valor do dinheiro. Assim que a criança começa a entender os números já é possível aplicar a educação financeira introduzindo conceitos como valores além de conhecer melhor moedas e cédulas.

A mesada — quando aplicada de uma forma educativa — é um dos métodos utilizados na educação financeira infantil, e visa mostrar a importância do dinheiro

A criança passa a associar o esforço à recompensa, já que esta é a principal lógica do empreendedorismo e, também, do mercado de trabalho. Também é aprendido que é necessário poupar o dinheiro para adquirir algo desejado, e manter essa disciplina para ter uma vida financeira mais equilibrada. A educação financeira infantil também passa para a criança que às vezes é necessário renunciar algumas coisas para a obtenção de outras, ou seja, aprende sobre a limitação de um orçamento e passa a diferenciar produtos que são supérfluos dos que são necessidade.

Qual importância da educação financeira e como pode ajudar no bem-estar?

Funcionários com dificuldade para concentrar, constantemente irritadiços, enfrentam problemas nas relações de trabalho e não produzem mais tão bem são mais propensos a pedir um adiantamento do 13.º salário, ou até mesmo pedirem as contas.

Segundo uma pesquisa realizada pela Employee Wellness Survey (“Bem-estar dos funcionários”, em tradução livre) em 2018 mostrou que cerca de 47% dos entrevistados tinham algum problema financeiro, e 43% disse gastar três horas ou mais pensando, ou até mesmo resolvendo, as pendências financeiras.

Os funcionários distraídos com problemas financeiros tendem a ter uma queda de produtividade e, portanto, uma menor obtenção de resultados na empresa.

Por que empresas devem promover ações para educação financeira dos funcionários?

A promoção da educação financeira aos funcionários de uma empresa pode torná-los mais motivados, já que indica um aumento na qualidade de vida do colaborador e, portanto, um aumento na produtividade e melhores resultados para a empresa.

O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) realizaram um levantamento que comprova que quem tem contas atrasadas em 90 dias ou mais apresentam um estado de humor negativo. A dívida afeta o trabalho, relacionamentos (sejam eles pessoais ou de trabalho), e até mesmo a saúde dos funcionários. Neste levantamento, ficou registrado que 15,9% dos entrevistados estavam desatentos, pouco produtivos no trabalho e/ou estudo; 12,6% dos entrevistados enfrentava nervosismo, maior uso da agressividade verbal (especialmente em familiares e amigos); enquanto 7,6% chegou a recorrer à agressividade física.

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