O Welfare State, ou estado de bem-estar social, influenciou o desenvolvimento de muitas políticas que nos rodeiam até hoje e são muito importantes para o funcionamento da sociedade como conhecemos.
Se você deseja conhecer mais sobre essa forma de organização econômica e como, apesar de ter surgido em 1880, ela nos atinge diariamente até hoje, venha conosco nessa viagem histórica, e vamos entender mais sobre esse estado de bem-estar social!
O que é o Welfare state?
O Welfare State surgiu através de ideias do diplomata e político alemão Otto von Bismarck, no séc. XIX, como uma estratégia de fortalecimento de estado em função do momento pós-guerra e enfraquecimento da máquina estatal perante a crise econômica e social que se sucedeu.
Quais são os seus principais objetivos?
Ao se falar de Welfare State ou bem-estar social, o próprio nome já diz a que veio. Com ideal de proporcionar o básico para toda a população, esse modelo diz respeito à estruturação de um estado fortemente intervencionista na sociedade, que objetiva proporcionar padrões mínimos de educação, saúde, segurança, habitação e renda em razão do pleno desenvolvimento social.
Ele surgiu, em função de crises oriundas, tanto dos efeitos da Primeira Guerra Mundial, como, principalmente, da pós-crise de 1929, e foi fundamental ao influenciar o desenvolvimento do New Deal, onde o poder de consumo havia diminuído, causado pelo enorme desemprego e alta inflação, que levava todo o povo a sentir os efeitos da recessão, não apenas nos EUA, mas em todos os países influenciados pela sua economia.
Apesar de suas concepções serem antigas, a sua implementação só se efetivou no séc. XX, mas em razão da sua objetivação de fortalecimento do estado e, consequentemente, da população, esse estado de bem-estar social influenciou o que entendemos hoje em dia como programas de assistência social.
A questão do desenvolvimento ao longo do tempo, também pode ser apreendido através da análise dos outros países influenciados, pois foi ao longo dos anos, com suas respectivas mudanças e particularidades, que vários países aderiram a programas sociais, como transferência de renda, além da efetivação de inúmeros direitos constitucionais que dão base a nossa sociedade atual.
No Brasil, por exemplo, foi apenas com a constituição de 1988, com o fim do período de ditadura militar, que o direito à saúde, assistência, previdência, dentre outros foi postos à luz de nossa sociedade. No entanto, em outros países nórdicos, por exemplo, o Welfare State foi instaurado de uma forma bem mais precisa.
Como o Welfare State é financiado?
O Welfare State é financiado através dos impostos pagos pela população de forma direta e indireta, e sua estruturação ocorre de acordo com uma taxação progressiva de renda, que significa que quem possui mais renda, contribui mais, e quem possui menos, é tributado com um valor menor.
É importante pensar que esses tributos, ou impostos, é o que dá base a esse modelo de organização, que visa um bem estar mais coletivo e progressista.
Quais são as principais críticas ao Welfare State?
As principais críticas ao modelo organizativo do Welfare State é em relação aos seus impostos. Visto que necessitam de mais dinheiro para dar suporte a quem deles necessita, esse valor cobrado pelo estado tende a ser mais alto.
Em um primeiro momento, isso pode ser visto como desnecessário, mas é através dos impostos que todas essas bases, que precisam ser reestruturadas, podem ter o devido investimento. E ao se tratar de algo público, esse investimento sempre volta, de forma direta à população.
Contudo, a crise do Welfare State se deu em função da falta de sintonia entre os gastos públicos e a chamada crise fiscal, o que o levou a ser reestruturado em alguns países para um modelo mais neoliberal de organização, onde há menos controle e participação do estado nos processos mercantis e assistencialistas.
Dessa forma, apesar de vivermos em um modelo um pouco diferente do Welfare State, vimos como ele influenciou nosso passado, e vários dos direitos que temos até hoje previstos em lei, o que nos permite entender muito mais o seu valor perante nossa própria história.
