Se você é um investidor, seja novato ou experiente, conhecer como funciona a Taxa DI é fundamental. Isso porque esse valor é de extrema importância para avaliar a rentabilidade de títulos de renda fixa.
Ainda assim, em meio a tantos dados do mundo financeiro, é normal que muitas pessoas esqueçam de avaliar e compreender a Taxa DI. Para melhorar esse cenário e auxiliar na segurança dos seus investimentos, preparamos este artigo para auxiliar nos seus conhecimentos.
O que é a taxa DI?
Nos referimos a Taxa DI quando falamos do total de juros que os bancos devem pagar para realizar empréstimos entre si e, geralmente, costumam usar de parâmetro para verificar a qualidade dos rendimentos.
Acontece que os bancos necessitam fazer operações, a fim de manter o saldo positivo, o que é uma exigência do Banco Central. Para que elas sejam feitas, usa-se o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Isso acontece para que os bancos não entrem em cenários instáveis por causa de suas dívidas, coisa que já causou muitos problemas em grandes crises financeiras do passado. Logo, de forma simples, podemos dizer que a Taxa DI nada mais é do que a soma dos juros cobrados pelos bancos junto dos CDIs diários.
Qual a taxa DI para investimentos em ações?
Como dissemos anteriormente, a Taxa DI tem o objetivo principal de buscar o equilíbrio entre os bancos. Por causa disso, é normal pensar que ela terá grande influência nos títulos que eles disponibilizam. Nesse sentido, os títulos de renda fixa são os que mais recebem influência desta taxa, já que também usam o CDI.
Tendo isso em mente, podemos afirmar que, na maioria dos cenários, a Taxa DI costuma ficar entre 0,1% e 0,2% abaixo da Taxa de Juros, o que revela uma relação muito próxima com a Selic, tão conhecida entre os investidores. Isso acontece porque o risco de crédito de empréstimos entre os bancos costuma ser bem pequeno.
Como a taxa DI é calculada?
Os responsáveis por estabelecer o valor da Taxa DI são os bancos e a empresa de capital aberto, chamada de B3. Ambos são responsáveis por fazer o cálculo da taxa através da média ponderada de todos os juros que se cobram em todos os CDIs emitidos em um dia.
Por fim, cabe explicar duas condições necessárias para se fazer o cálculo da Taxa DI. A primeira delas é que o número de negociações levadas em consideração na operação precisa ser igual ou maior do que 100. A segunda é que o total do volume dessas operações precisa totalizar R $30 bilhões, ou passar desse valor.
Quais são os fatores que afetam a taxa DI?
O principal fator que afeta a Taxa DI é o estado da economia de um país. Caso ela esteja em um momento de instabilidade, os bancos terão mais dificuldades para manter a exigência do saldo positivo do Banco Central. Por consequência, vão realizar empréstimos com maior frequência — um excesso de operações altera, diretamente, os valores da taxa.
E aqui finalizamos o nosso pequeno guia de como funciona a Taxa DI, como se dá o seu cálculo e como ela afeta o mercado financeiro. Se você aprendeu algo com o conteúdo, não deixe de compartilhar o post e conferir outros posts para permanecer inteirado de outros conceitos do mundo econômico.