O behaviorismo é uma das doutrinas psicológicas que busca explicar o comportamento humano. Mas ao contrário de diversas outras teorias, a do behaviorismo teve uma grande aceitação e até hoje é utilizada em diversos setores e tomada como uma fonte segura para determinados estudos e até mesmo como chave elucidativa de diversos fenômenos. Mas será que o behaviorismo é realmente tão efetivo? É o que iremos tentar entender em nosso artigo.
O que é behaviorismo?
O behaviorismo é uma doutrina proposta pelo psicólogo Burrhus Frederic Skinner, e a doutrina basicamente postula que a chave para explicar o comportamento humano reside no ambiente. Segundo Skinner, todo e qualquer comportamento humano é um fruto direto ou indireto do ambiente que cerca determinado indivíduo.
Hoje o behaviorismo é na realidade praticamente um campo da ciência psicológica, englobando tantas teorias, algumas até extremamente divergentes entre si, que seria impossível de ser chamado novamente de uma teoria concisa, tal qual imaginou Skinner ao propô-la décadas atrás.
Como o behaviorismo surgiu?
O behaviorismo nasceu de uma tentativa do psicólogo Skinner de estudar melhor o comportamento. Na verdade essa tendência já havia quase que se fixado entre os psicólogos da época que aos poucos estudavam o tema.
Skinner foi o primeiro a de fato propor uma teoria tão radical para o assunto, alegando que todo e qualquer pensamento e sentimento era fruto do impacto que o ambiente tinha sob o sujeito.
Quais são as principais ideias do behaviorismo?
Como comentamos, o behaviorismo hoje cresceu bastante, praticamente avançou para direções e campos tão vastos que se tornou praticamente incompreensível para si mesmo. Hoje as teorias behavioristas entram em contradição e basicamente se anulam umas às outras, quando, claro, analisadas de maneira conjunta.
Mas basicamente toda essa variedade de doutrinas behavioristas acabou sendo necessária devido a limitação do próprio behaviorismo. Por não explicar de maneira suficiente e clara como seria possível que o ambiente modificasse todos os pensamentos de determinada pessoa, começaram a surgir automaticamente inúmeras discussões a respeito do assunto, e das discussões doutrinas diferentes que buscaram preencher as lacunas deixadas pelo próprio Skinner.
Essas lacunas de fato foram preenchidas, mas nunca de maneira total por uma doutrina do behaviorismo, por isso elas são tão variadas, pois cada uma busca tentar preencher uma lacuna, mas utiliza de premissas que agride fortemente outro ramo do behaviorismo.
Nessa luta pelo eterno protagonismo, as doutrinas behavioristas praticamente se anularam por completo e hoje se tornaram incompatíveis entre si, impossíveis de serem assimiladas em um único propósito ou em uma única teoria.
Como o behaviorismo é aplicado na educação?
Por se tratar de uma doutrina que se dedica a estudar o comportamento, o behaviorismo aplicado na educação tenta criar ambientes ideais para a educação utilizando e alterando o ambiente na crença de que as alterações em todo o ambiente de aprendizagem irão criar uma cultura de aprendizado e de educação diferente.
E aqui temos uma interação engraçada, porque se por um lado o comportamento tenta alterar a educação, por outro a própria educação obviamente altera o comportamento.
Quais as críticas ao behaviorismo?
Não é preciso ir muito longe com a ideia do behaviorismo para entender que é impossível que o mesmo funcione em toda a sua radicalidade. Afinal, quantos irmãos gêmeos não foram criados sob as mesmas condições e tiveram seus gostos, pensamentos e personalidade pessoais?
Essas e outras críticas acabaram se acumulando sobre o behaviorismo que na tentativa de se salvar acabou criando diversos outros ramos da mesma teoria psicológica.