A troca entre os ministérios deve mexer com o preço dos combustíveis?

A troca entre os ministérios deve mexer com o preço dos combustíveis?

O Ministério de Minas e Energia também sofreu uma troca em seu comando, a cargo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na última quarta-feira (11), episódio que tem ganhado notoriedade por parecer ser uma sinalização negativa aos eleitores do presidente, bem como um fator que pode influenciar no preço dos combustíveis, mas isso não deve acontecer.

Bolsonaro tirou Bento Albuquerque (militar) e trouxe Adolfo Sachsida, que até então participava da secretaria de política do Ministério da Economia – Paulo Guedes demonstrava ter Adolfo como “bem fiel”, segundo fontes.

Albuquerque comandou o Ministério de Minas e Energia desde novembro de 2018 e durou até o momento como um dos poucos ministros fidelizados ao quadro inicial do governo. A alteração no comando do Ministério de Minas e Energia é mais uma em meio a outras trocas e a falta de contenção dos preços dos combustíveis nos últimos tempos.

O que é o Ministério das Minas e Energia?

Com a sigla MME, o Ministério de Minas e Energia é órgão parte da estrutura do Governo Federal desde 1960. Por lá, o trabalho ministerial envolve a criação e gestão de políticas públicas referentes a forma de usar os recursos energéticos e os minerais do país.

O que é o Ministério das Minas e Energia?
Ministério das minas e energia.
Fonte/Reprodução: original.

Dentro do MME, temos ainda o trabalho interministerial do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), encarregado de cuidar da distribuição energética no território nacional. Demais órgãos complementares ao Ministério de Minas e Energia são: o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Para que serve o Ministério das Minas e Energia?

O MME tem um papel estratégico em qualquer discussão e propostas sobre políticas brasileiras relacionadas ao bom uso dos recursos destinados à energia do país. Além das hidrelétricas liderarem a produção de energia, outras fontes especiais como energia solar, gás natural, eólica, biocombustíveis, também passam por esta gestão.

Por que o comando do Ministério está sendo trocado?

Bento Costa Lima Leite de Albuquerque, portanto, foi exonerado a pedido, cuja oficialização saiu como decreto no DOU, e, assim, Adolfo Sachsida foi nomeado como novo titular.

Por que o comando do Ministério está sendo trocado?
Por que a troca de comando.
Fonte/Reprodução: original.

A troca de comando da pasta energética acontece após Bolsonaro soltar mais críticas à política de preços da Petrobras, estatal que, aliás, está ligada ao ministério de Minas e Energia. Na semana passada, em live, o presidente reclamou acerca do reajuste, ao dizer:

“Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir. Vocês têm lucro, têm gordura e têm o papel social da Petrobras definido na Constituição”, disse Bolsonaro em tal ocasião.

Não foi sem motivo, por assim dizer, já que nos primeiros três meses do ano os lucros da Petrobras cresceram para 44,5 bilhões de reais. E Bolsonaro seguiu com a constatação ao tocar mais uma vez no preço dos combustíveis.

 

“O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem aumentar mais os preços dos combustíveis”

Complementou a sua crítica durante sua transmissão semanal.

Qual o motivo da queda do ministro para a troca no Ministério das Minas e Energia?

De acordo com o que a imprensa acompanha, a queda dentro do Ministério de Minas e Energia não tem a ver somente com a possibilidade de mexer no preço do diesel, mas também com manifestação contrária de Albuquerque frente à criação do Brasduto, que é um fundo que visa contar com cerca de R$ 100 milhões a partir do pré-sal para bancar a construção de dutos de petróleo.

Foi apurado que, em um almoço com um dos ministros do TCU, Albuquerque havia dito ser contrário ao tema, ou seja, que não se juntaria à pressão do Centrão.

De acordo com fontes atentas ao encontro, o ex-comandante do Ministério de Minas e Energia disse que não liberaria a autorização ao Brasduto, porque não faria sentido nesse momento, apenas se ocorresse uma alta inesperada na energia elétrica, o que não ocorre.

Bento também estaria desgastado com Bolsonaro, a contar, por exemplo, com as confusões da recente troca da presidência da Petrobras.

Como a mudança no Ministério vai impactar no preço dos combustíveis?

O que ocorreu, na verdade, foi que a troca no Ministério de Minas e Energia só ocorreu por causa do preço dos combustíveis, e não o contrário. O aumento do diesel antes, já era aguardado, porém, muitos imaginavam que Albuquerque continuaria, até mesmo por causa de ter origem militar.

Mesmo sendo um dos poucos a restarem, junto com Paulo Guedes na economia, General Heleno no Gabinete de Segurança e Wagner Rosário na CGU, a questão para solucionar o preço dos combustíveis foi mais importante. A troca no Ministério de Minas e Energia, portanto, significa, segundo integrantes do governo, que o presidente Bolsonaro deseja uma solução rápida para a forma de mexer no preço dos combustíveis.

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